quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Silêncio Inato

Parou por agora...
O choro divino dos céus.
A sombra do silêncio lá fora.
O cansaço dos olhos, meus...

Espero por te ouvir...
Mas não te quero ver chorar.
Nem isso, te sei pedir.
Pois espero-te, a mudar.

Continua morto,
o estranho vulto que criaste.
Adoro este conforto,
mesmo sabendo que erraste.

Ouvi-te finalmente...
Tímida... mas continuas.
Não sei se, descrente.
Ou por antigas, amarguras.

sábado, 29 de outubro de 2011

Ouve-me

Oiço as ondas da minha alma...
Onde me vejo...
Onde me perco.
Quando penso que sou, a Calma...
Nem em paz estou...
Eu confesso.
Oiço-te. Ou julgo que sim.
Julgo-te em redor...
Vejo-te o Ser.
Ah! Meu... Pobre de mim.
Continuo, sem me saber ouvir...
Nem procuro tentar...
Tentar viver...
Tentar morrer... Descobrir...
Talvez me oiça...
...sem notar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tristemente

Uma vida foge de nós
Sem pedir... Sem falar...
Vai com perdão? Perdoar?
Nestes dias falta-me a voz...

Simplesmente se sente.
Mas nem imagino quanto dói.
O amor da vida, já foi...
Que triste dia, que triste mente...

Pedir... Querer...
Peço-te, para aqui estar.
Não para te ver.
Pois sem ela.. não te sei amar.

Vida que por fim fugiste
Que alma em mim deixaste?
Porquê? Por que partiste?
Que bela flor... Criaste

"Para ti amigo"

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Equívoco

Acordo com um pensamento!
Que hoje me vais encontrar...
Mesmo esperando o momento.
Eu sei que passo sem notar.

Olho ao lado, olho nos olhos...
Sei de todas as cores, tuas.
Querem-me em ti, teus filhos.
Vejo-te aqui, em todas a luas.

Noto que me sentes...
Que olhas com o teu pensar
De menina que não se importa...

Ao contrário do que mentes...
Do que amas por amar..
Nunca entrarás por tal Porta.

"Para a Flor"

domingo, 9 de outubro de 2011

Desejo Nada

Escorre uma gota
De mim, por ti...
Com a delicadeza
e bondade que vive
nesse suave manto,
de cetim...
Nela me vejo...
percorrendo teu corpo,
sentindo o calor..
ou o simples desejo.
Em mim..
Ela foge, louca...
De ti, para mim...
Com o amor e a dor,
ela toca.
Em nós, por fim...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Estranho Ser

Mais que o desvendar
ou fugir do aprender.
Jamais o estranho estar,
voltará para o seu viver.

Pobre ele que tem fé
mas diz que não crê.
Fala sempre do que é,
pensa sempre o que não vê.

Estranho é, o meu estar...
Sem amar o que sou.
Pois viver sem me estranhar
é perder o que custou.

Falar e mais falar,
Pois, que me falte a morte..
Prefiro reter o ar,
com pena da pobre sorte.

Que beleza de ser,
que é estranho...
Estar pelo ter que viver.
Por feio empenho.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Afinal


Olho lá fora e vejo a dança
das folhas, ao som desta brisa...
Tão natural, como o amor...
Como um beija flor, que nelas poisa.
Hoje é um dia especial,
é um triste final, ou o simples começo.
Sei bem, que me sinto afinal...
O que não tens, pois eu mereço.
O sol acabou de sorrir,
tímido mas com toda a vontade..
É assim que faço, por me sentir,
morrendo com a dor da verdade.
Depressa ele se escondeu,
deixando-se levar, deixando-se perder...
Ele irá sempre, voltar...
Tarde... Tarde demais...
A morrer.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Um três por vez

Aqui estás,
onde te vês.
Onde voas,
aqui te crês.
Ser o que és,
por uma vez.
Ali tu estás,
onde ele te fez.

Aqui vais,
onde vives.
Onde te sentes,
naquilo que dizes.
Ser o que és,
onde condizes.
Morrer sem o ser,
Vivam as Crises”.

Aqui queres,
onde te mentes.
Nunca te vês,
por mais que tentes.
Ser o que és,
não o que sentes.
Sentir por ser,
é ponto assente.

Aqui existes,
neste vazio.
Onde nada é,
apenas frio.
Ser o que és,
o mais sombrio.
Viver na corrente,
do meu rio.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Amar

Temo o amor...
Temo a inveja...
O ciúme...
Que me cega.
A magoa que invade,
o que resta de mim.
Esta dor...
Que é o que mata,
o ser que vive aqui.
Mas errado estou.
Estamos!!
Vida é...
O momento...
Momento de viver...
A vida é amar.
Sem ganhar...
Sem perder...
Sem pensar...
No vazio a correr.
É o que é,
sem o ter que ser...
A morte é,
o amor de viver.

domingo, 3 de julho de 2011

Existe um momento,
em que deixo que me leves.
Quero mais que o tempo.
Apenas sim, o que não deves.
Tão bom que é, estar...
Estar assim, como tu sabes.
Peço desculpa por não falar,
pois em mim, tu não te abres.
Existiu mais um...
Um momento eterno.
É assim que me sinto nu,
quando tu me vestes a alma.
Acabo com um “Obrigado”...
Pois sei,
que não passam de momentos.
Não, não estou enamorado.
Estás sim, cá dentro...

domingo, 19 de junho de 2011

Não Sei

Hoje sinto-me cheio.
Pesado, sem força...
Vivo sempre no meio,
onde tudo me toca.
Hoje sinto-me assim
preso, magoado...
Quero tanto ver o fim,
desse teu imenso prado.
Hoje sinto-me mal.
Tão mal, que penso em ti.
Que seja isto normal.
Como tal...
Não pensarei em mim.
Afinal, não me sinto.
Imagino-me a pensar...
Juro que não sei, mas minto.
Como morrer para matar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dança da Melancolia

Observo as formas...
Tomo atenção,
mas sem sentido.
Observo o movimento...
Vejo o fim...
Vejo esta beleza.
Perdido...
Observo os tons...
Imagino a força.
Mas sem esforço,
perco-me a imaginar.
Observo a harmonia...
A simplicidade,
que demonstra.
A vontade de criar.
Observo a luz...
Vidro-me nela,
mas sem intenção.
Observo o som...
Dou o que tenho,
sem ver a razão...
Observo a verdade...
Na luz da mentira,
quero eu viver.
Observo a vontade...
Esta dura realidade,
não me deixa...
...morrer.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O "Eu" da Vida

Aqui estou!
Aqui estou eu e a paz...
Temo quem pensa, que está só.
Fica quieto. Não vás!
Deixa-te estar por aqui...
Gosto de te ter por cá.
Vive em mim, sem fim...
Minha paz, que mal fará?
Aqui vou!
Aqui vou eu de receio...
Vivo no que faço, no que sou.
Vivo em desgosto. Que feio.
Foge para longe de mim...
Anseio ver-te por lá.
Ama e vive, por ti...
Meu receio, que dirá?
Aqui Sou!
Aqui sou eu bem no fundo...
Belo... Pacato... ali estou.
Vai-te embora deste mundo.
Mundo meu tão eterno...
Onde tudo vive em mim.
Meu Céu... Teu Inferno.
Vivi... Por ti... Sem fim.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Céu Infernal

Tenho em mente o pensamento...
Um pensamento do que não existe.
Um morrer que me possui, tão lento...
Quero a morte do que penso. Desisto!!
Inferno único que vivemos...
Quando lá fora...
...tudo é livremente insensível.
Tudo aquilo que nós queremos,
para a felicidade é impossível.
Não quero pensar...
Por favor minha Verdade, ajude-me.
Onde está meu Céu? Onde está meu par?
Verdade minha, derrube-me.
Tenho em frente o sentimento...
Um sentimento do que não traíste.
Um viver que morre, cá dentro.
Tenho fome do momento.
É triste.

domingo, 29 de maio de 2011

Choro

Eu gosto mais, tu gostas menos...
Gosto muito... Gosto pouco..
Quem define gostos,
cria um mundo louco.
Loucura, insana...
Criação... Mão humana...
Mundo perdido
que por algures, emana.
Porque reclamo eu assim?
Se vivo nas ondas deste mar...
Onde tudo quer ver o fim.
Onde tudo, me faz chorar.
Pensamento diferente!
Mas de que vale se faço igual?
Viver num corpo dormente...
Num mundo louco, é normal.
Olho em volta e não entendo.
Como vivemos consolados.
Apenas sem olhos perco o medo...
E vivo assim, sem o fado.
Eu não gosto, eu odeio ser...
Ser quem sou... aqui.. Agora.
Mas eu amo, eu amo tremer...
num mundo louco a morrer.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ausência Oculta

Desapareceu... ou talvez não.
Nada em mente, ou tudo em vão?
Que doce é o meu presente.
Sem um tostão...
Em frente tu vais,
Querendo o sempre,
os mais e os tais...
Não paras!
Acabas só e achas demais.
Devaneio... Desabafo...
Algo saiu, sem o querer.
Que certo momento meu, acho.
Fechei os olhos para o ver.
Em frente continuas tu...
Olhando crente,
indiferente, tão cheia em mente...
Agora paraste...
Ali só, estás... transparente.
Desapareceu... Finalmente.

sábado, 21 de maio de 2011

Presa Inerte

Um canto ali sozinho,
bem definido e com querer.
Simples é, o seu caminho
sem o desejo a moer.
Frágil é meu tecto,
deixando-se ir na corrente.
Um amor sem afecto,
morre por ser crente.
Dois lados tolos, tenho eu...
Sem vontade de os agarrar.
Quero um, mas tenho o teu.
Afinal sei, mas vou-me calar.
Fresco ar que vagueias por aqui,
ouvindo-te eu cantar assim.
Livre és tu, como livre eu vim.
Vazio por ti, vazio vivi...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ficamos aqui!

Engraçado isto,
que me lembro eu.
Foi ao tempo que desisto,
do pensamento teu.
À beira mar, em brisa suave...
Agarras e me prendes.
Pensei eu... “Não é grave”
Agora sei que não te rendes.
As palavras fogem em ondas,
como as que vejo ao luar...
O tempo passa e nós ali...
...perdidos a pensar.
Engraçado isto,
que agora sinto eu.
Nem o quero, mas está visto.
Amar em mim, morreu...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Enganando o amor

É bom sentir felicidade,
é bom saber ser feliz.
Mesmo não sendo a verdade,
isso eu nunca te fiz.
É bom sentir o sorrir,
é bom ver sem o querer.
Mesmo sentido ferir,
continuo-o a querer ver.
É bom falar e aprender,
é bom curar a mágoa.
Mesmo continuando a crer,
que o amor, é água...
É bom sentir felicidade,
quando ela não existe.
Aquela dor, da amizade..
Amor? Não insiste...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pensar...

Pensar...
Todos os dias o faço.
Todos os dias me apetece.
Penso em teu abraço
e em quem o merece.
Faço, mas não o devia.
Nem sinto o que queria.
Só os olhos rasgados vejo,
vem e dá-me o teu beijo.
Quero, quero isso..
Penso sempre que tu virás.
Mesmo sem compromisso,
apenas ingénua paz...

sábado, 14 de maio de 2011

Paciência

Hoje descobri.
Que não a tenho.
Nem nunca a vivi.
Nem com empenho.
Quando a faço em mim,
pouco ela importa.
Mas se a vejo em ti,
é como uma faca corta.
Agora sim, sou sincero...
Digo o que sinto e o que sou.
Paciência é o que quero.
Sou vazio como estou.
Entristece-me ser assim...
...e querer o que não tenho.
Sem ver o que existe em mim,
só a dor eu detenho.
Dá-me um pouco....
Dá-me meu Sol!
Senão sim, fico louco...
À deriva, sem farol.
Estou perdido por fim,
sem esperança nem vontade.
Olho em volta e sim,
já sinto falta da amizade.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Confissão

Não entendo...
Não entendo o porquê.
Não entendo, nem desvendo...
Não percebo quem não crê.
Um dia sol, no outro não.
Nunca sei o que esperar...
Será a dor no coração?
Ou simplesmente o amar?
Não te entendo...
Nem nunca irei entender.
Mesmo tu, sendo.
Tudo o que quero ter.
Um dia vi...
...no outro abri os olhos.
Aquilo que vi em mim,
em ti são tudo sonhos.
Não entender é não lutar...
É não querer realmente.
Mas então, será isto o amar?
Ou serei eu descrente?
Serei sim...
Mas uma coisa entendo sempre.
Viver assim é penitente.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Dor Surda

Começo por dizer.
Que não sei porque sinto.
Acabo por saber.
Que afinal minto.
Tenho aqui...
...e tenho lá.
Será que sinto?
Entre caminhos e ilusões.
Não sei bem distinguir.
Sou grilo em sapões.
Não adianta fugir.
Não sei aqui...
...nem lá saberei.
Para quê fingir?
Continuo por fazer.
O que minto por chorar.
Choro para entender.
O porque do meu corar.
Estou aqui...
o meu está lá.
Para quê amar?
Acabo sem indiferença.
Ou não chego a começar.
Pois aqui a presença.
É apenas o olhar.
Começo...
...por acabar.

sábado, 30 de abril de 2011

Desabafo

Existe uma história...
Uma história antiga,
que me faz sonhar.
Acreditar...
É passado, sim é...
Um passado morto,
que me está a matar.
Com isto passado,
vou vivendo por me lembrar.
Sempre acomodado,
nele e no seu par.
A essência é isto...
E ele está sempre presente.
Passado meu, está visto.
Mas ninguém o sente.
Não vivendo em verdade,
tudo isto é banal.
Mesmo dizendo que amizade,
sem amor, é ideal.
O futuro promete!
Promete o quê? Não sei...
Sem o passado à frente.
Da minha dor...
Serei Rei.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sem Alma

Nestes últimos tempos,
paro bastante a pensar.
Paro naqueles momentos,
em que me perco em teu olhar
Meus olhos vidram,
e tudo em volta pode desabar.
Quando me ponho a pensar...
Para que me ponho eu a pensar?
Que tempo triste é este,
que resolve em mim mudar.
Pobre Sol que me deste,
que não brilha em meu pesar.
Paro e penso!
Naquilo que será.
Não te minto, nem te tento.
Mas que volta isto dará?
Tempos estes sem fim.
Que me imaginam sem alento.
Tudo aquilo que penso em mim,
nunca penso no momento.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Uma nota

Pálido o som...
O som que de lá sai.
A música balança
num só tom, que
em linhas de ar cai.
Invade o ser amorfo,
baloiçando por seu ar...
Aquele ar sem flor...
Aquele de
quem quer amar.
Teu mar é o vento,
aquele que se vê,
sem olhar.
Que se sente
sem tremer.
Que se ouve
sem falar.
Alinhado, curvado...
...cheio e pausado.
Em sua brisa entoado.
Em ti, estou acabado.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sossego

Sossego...
Meu querido sossego.
Tenho em ti meu mundo.
Tenho em ti meu medo.
Sossego...
Meu belo apego.
Vejo em mim teu fundo.
Vejo aqui, não nego.
Sossego...
O meu não vendo.
Nem que seja um segundo.
Nem que o venha tendo.
Sossego...
Meu querido sossego.
Estou em ti, profundo...
É em ti meu credo.
Sossego...
Meu belo apego.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ser


Triste mágoa.
Sentimento é dor
Sem o ser, é amor.
Triste é a mágoa.

Amargura divína.
Bela e adormecida...
Andas desaparecida...
...amargura de vida.

Simples sentido.
Onde está o teu ninho?
Nunca só, mas perdido.
Lá no monte sozinho.

Tão longe que estás.
Memória é saudade.
Do ter... Da idade.
Memória é maldade.

Triste mágoa.
Pensamento sem cor.
Sem o ter, morre a dor.
Mágoa é amor.

domingo, 24 de abril de 2011

Creio Eu.

Pesado Céu,
Que choras sem mais não...
Pergunto eu.
Onde estará o teu pão?

Pesado Céu,
por quem choras tanto assim?
Respondes tu...
Porque ninguém se vê em mim.

Pesado meu,
amor que escondo aqui.
Vendo o adeus,
que nunca vi em ti.

Bela flor,
que me esperas sem pensar.
Essa dor,
levo-a eu por tanto te amar.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pensamento...


Foges...
...e vais.
Quando levas meu pensamento.
Vais...
...e não vens.
Levas a dor e o tormento?
Roubaste-me o que penso...
Ao longe...
...bem perto.
Neste nada da vida.
Sente a dor...
...o deserto.
Que escuro está o dia.
Sempre o vi...
só aqui.
Minha mão não tremia...
Agora sim...
...não tem fim.
Foges...
e vais.
Quando pensas no que levas.
Voltas...
e vens.
Com medo das trevas.
Percebes sem sentido...
Em ti...
sempre aí.
O que sinto foi perdido.
Por aí...
...em ti.
Que noite tão branca.
Será assim...
sempre aqui.
A lua brilha na aliança...
Só aí...
no teu fim.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um dia

Um dia

Uma casa bela,
num dia nublado..
Cai o sol como,
granizo abafado.
No alto vejo..
Vejo sim..
Os céus, sem fim.
Caminhando neles vou
Sentindo que neles estou.
No fundo tudo vejo
Tudo vejo, no teu beijo.
O ar forte e pesado,
olha a chuva..
...desesperado.
Um dia mais acabou.
Apenas um.
Um dia sou.