sábado, 30 de abril de 2011

Desabafo

Existe uma história...
Uma história antiga,
que me faz sonhar.
Acreditar...
É passado, sim é...
Um passado morto,
que me está a matar.
Com isto passado,
vou vivendo por me lembrar.
Sempre acomodado,
nele e no seu par.
A essência é isto...
E ele está sempre presente.
Passado meu, está visto.
Mas ninguém o sente.
Não vivendo em verdade,
tudo isto é banal.
Mesmo dizendo que amizade,
sem amor, é ideal.
O futuro promete!
Promete o quê? Não sei...
Sem o passado à frente.
Da minha dor...
Serei Rei.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sem Alma

Nestes últimos tempos,
paro bastante a pensar.
Paro naqueles momentos,
em que me perco em teu olhar
Meus olhos vidram,
e tudo em volta pode desabar.
Quando me ponho a pensar...
Para que me ponho eu a pensar?
Que tempo triste é este,
que resolve em mim mudar.
Pobre Sol que me deste,
que não brilha em meu pesar.
Paro e penso!
Naquilo que será.
Não te minto, nem te tento.
Mas que volta isto dará?
Tempos estes sem fim.
Que me imaginam sem alento.
Tudo aquilo que penso em mim,
nunca penso no momento.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Uma nota

Pálido o som...
O som que de lá sai.
A música balança
num só tom, que
em linhas de ar cai.
Invade o ser amorfo,
baloiçando por seu ar...
Aquele ar sem flor...
Aquele de
quem quer amar.
Teu mar é o vento,
aquele que se vê,
sem olhar.
Que se sente
sem tremer.
Que se ouve
sem falar.
Alinhado, curvado...
...cheio e pausado.
Em sua brisa entoado.
Em ti, estou acabado.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sossego

Sossego...
Meu querido sossego.
Tenho em ti meu mundo.
Tenho em ti meu medo.
Sossego...
Meu belo apego.
Vejo em mim teu fundo.
Vejo aqui, não nego.
Sossego...
O meu não vendo.
Nem que seja um segundo.
Nem que o venha tendo.
Sossego...
Meu querido sossego.
Estou em ti, profundo...
É em ti meu credo.
Sossego...
Meu belo apego.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ser


Triste mágoa.
Sentimento é dor
Sem o ser, é amor.
Triste é a mágoa.

Amargura divína.
Bela e adormecida...
Andas desaparecida...
...amargura de vida.

Simples sentido.
Onde está o teu ninho?
Nunca só, mas perdido.
Lá no monte sozinho.

Tão longe que estás.
Memória é saudade.
Do ter... Da idade.
Memória é maldade.

Triste mágoa.
Pensamento sem cor.
Sem o ter, morre a dor.
Mágoa é amor.

domingo, 24 de abril de 2011

Creio Eu.

Pesado Céu,
Que choras sem mais não...
Pergunto eu.
Onde estará o teu pão?

Pesado Céu,
por quem choras tanto assim?
Respondes tu...
Porque ninguém se vê em mim.

Pesado meu,
amor que escondo aqui.
Vendo o adeus,
que nunca vi em ti.

Bela flor,
que me esperas sem pensar.
Essa dor,
levo-a eu por tanto te amar.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pensamento...


Foges...
...e vais.
Quando levas meu pensamento.
Vais...
...e não vens.
Levas a dor e o tormento?
Roubaste-me o que penso...
Ao longe...
...bem perto.
Neste nada da vida.
Sente a dor...
...o deserto.
Que escuro está o dia.
Sempre o vi...
só aqui.
Minha mão não tremia...
Agora sim...
...não tem fim.
Foges...
e vais.
Quando pensas no que levas.
Voltas...
e vens.
Com medo das trevas.
Percebes sem sentido...
Em ti...
sempre aí.
O que sinto foi perdido.
Por aí...
...em ti.
Que noite tão branca.
Será assim...
sempre aqui.
A lua brilha na aliança...
Só aí...
no teu fim.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um dia

Um dia

Uma casa bela,
num dia nublado..
Cai o sol como,
granizo abafado.
No alto vejo..
Vejo sim..
Os céus, sem fim.
Caminhando neles vou
Sentindo que neles estou.
No fundo tudo vejo
Tudo vejo, no teu beijo.
O ar forte e pesado,
olha a chuva..
...desesperado.
Um dia mais acabou.
Apenas um.
Um dia sou.