domingo, 19 de junho de 2011

Não Sei

Hoje sinto-me cheio.
Pesado, sem força...
Vivo sempre no meio,
onde tudo me toca.
Hoje sinto-me assim
preso, magoado...
Quero tanto ver o fim,
desse teu imenso prado.
Hoje sinto-me mal.
Tão mal, que penso em ti.
Que seja isto normal.
Como tal...
Não pensarei em mim.
Afinal, não me sinto.
Imagino-me a pensar...
Juro que não sei, mas minto.
Como morrer para matar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dança da Melancolia

Observo as formas...
Tomo atenção,
mas sem sentido.
Observo o movimento...
Vejo o fim...
Vejo esta beleza.
Perdido...
Observo os tons...
Imagino a força.
Mas sem esforço,
perco-me a imaginar.
Observo a harmonia...
A simplicidade,
que demonstra.
A vontade de criar.
Observo a luz...
Vidro-me nela,
mas sem intenção.
Observo o som...
Dou o que tenho,
sem ver a razão...
Observo a verdade...
Na luz da mentira,
quero eu viver.
Observo a vontade...
Esta dura realidade,
não me deixa...
...morrer.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O "Eu" da Vida

Aqui estou!
Aqui estou eu e a paz...
Temo quem pensa, que está só.
Fica quieto. Não vás!
Deixa-te estar por aqui...
Gosto de te ter por cá.
Vive em mim, sem fim...
Minha paz, que mal fará?
Aqui vou!
Aqui vou eu de receio...
Vivo no que faço, no que sou.
Vivo em desgosto. Que feio.
Foge para longe de mim...
Anseio ver-te por lá.
Ama e vive, por ti...
Meu receio, que dirá?
Aqui Sou!
Aqui sou eu bem no fundo...
Belo... Pacato... ali estou.
Vai-te embora deste mundo.
Mundo meu tão eterno...
Onde tudo vive em mim.
Meu Céu... Teu Inferno.
Vivi... Por ti... Sem fim.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Céu Infernal

Tenho em mente o pensamento...
Um pensamento do que não existe.
Um morrer que me possui, tão lento...
Quero a morte do que penso. Desisto!!
Inferno único que vivemos...
Quando lá fora...
...tudo é livremente insensível.
Tudo aquilo que nós queremos,
para a felicidade é impossível.
Não quero pensar...
Por favor minha Verdade, ajude-me.
Onde está meu Céu? Onde está meu par?
Verdade minha, derrube-me.
Tenho em frente o sentimento...
Um sentimento do que não traíste.
Um viver que morre, cá dentro.
Tenho fome do momento.
É triste.