segunda-feira, 16 de abril de 2012

Descemos o rio

Descemos o rio
Desde as pequenas gotas
A brotar com um sorriso
Criando a vida, o ser.
Que bela nascente
Que único viver.
Descemos o rio
Como criança que ele é
Disfruta de nós…
Vivendo a amizade, perdido.
Que inocente.
Que amor sentido.
Descemos o rio
Na sua força ingénua
Na corrente viva
A devorar…
Que poder benigno
Que vive até ao mar.
Descemos o rio
Por longos mantos
Límpidos, transparentes.
Onde irão desaguar?
A ondular sem razão
Deixou-se levar.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sorriso Perdido

La vai ela, a menina que não ri
Todos os dias a vejo passar
E, nem um sorriso...
Apenas um, para me chamar

Diz-se que não o sabe
Fala-se que é triste e sozinha
Se sorrir, que não acabe
Parece a vida, que é minha.

Aquele ar que é, casmurro
Esconde o brilho, doce, a alma.
Esconde de todos. Tudo!
Mostra o que és, com calma.

Desces a rua apressada
Corres na brisa, no vento.
Não és mais que a madrugada
Sem o sorriso para meu alento.

Não te vejo mais, por onde foste
Aposto que segues, deslumbrante
Imagino eu, por amor…
Como amigo, perdido, amante.

domingo, 8 de abril de 2012


Sorris

Lembro-me do momento

Lembro a tua cara

Redonda

Como a enches de brilho

Lua cheia

No meu céu ausente

Escondida

Única… Estrelada…

És a luz

Da minha escuridão

Abandonada

domingo, 1 de abril de 2012

Amigos

Amigos meus que trago aqui.
Porque os guardo
Sem consciência de mim
São amigos, irmãos...
De bom grado
Te dou as mãos
Aqui os tenho por completo
Inconscientes
Sem nada em concreto
São perdidos, sem rumo...
Serenamente
São o cigarro que não fumo
Tudo o que são, eu assumo
Amigos por obrigação
Todos o somos, porque não?
Amigo.
Não o és por uma razão
Não o és, nem serás
Meu irmão
Refiro-me a ti... a mim...
Somos nós
O que trago sem razão.